A dor tem o poder de nos despedaçar, de nos fazer duvidar de tudo que somos e de tudo que sonhamos ser. As feridas que carregamos, visíveis ou não, podem nos fazer acreditar que jamais seremos os mesmos. Mas talvez essa seja a verdade que nos liberta: não somos os mesmos. E não devemos ser.
Cada queda nos revela não apenas nossa fragilidade, mas também a natureza divina que habita em nós. Não é na ausência da dor que encontramos nosso verdadeiro poder, mas na coragem de enfrentá-la, atravessá-la e emergir do outro lado, transformados. A vida não nos pede que sejamos invencíveis, mas que sejamos inquebrantáveis na nossa vontade de continuar.
O passado pode nos assombrar, tentando nos prender nas sombras do que foi. Mas viver olhando para trás é condenar-se a um ciclo infinito de mágoas. O futuro nos chama, e só aqueles que ousam soltar o peso daquilo que os feriu conseguirão alcançá-lo. Olhar adiante não é ignorar o que sofremos, mas dar a nós mesmos a chance de sermos maiores que nossa dor.
Ressurgir mais forte não é simplesmente se reerguer—é renascer. É permitir que as cicatrizes contem nossa história, não como lembranças de destruição, mas como testemunhos de resistência. É escolher seguir em frente mesmo quando tudo dentro de nós pede para parar.
A vida não nos promete que será fácil, mas nos dá a escolha de como enfrentá-la. E não estamos sozinhos. Então, que escolhamos sempre a coragem. Que escolhamos sempre recomeçar. Que escolhamos sempre viver e nunca desistir.
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