O Que a Bíblia Diz e a Igreja de Jesus Cristo Vive
- C. A. Ayres

- Oct 3
- 7 min read

Na última semana, três acontecimentos em menos de vinte e quatro horas expuseram a contradição mais absurda de nossa sociedade:
Durante o jogo da BYU contra o Colorado, torcedores adversários gritaram em coro: “F you Mormons”. Não era apenas rivalidade esportiva. Era preconceito aberto contra a fé de milhões de pessoas.
Às 10h30 da noite, recebemos a notícia da morte de nosso profeta e líder, Presidente Russell M. Nelson — um momento de luto e reverência.
Na manhã seguinte, às 10h25, um homem invadiu uma capela e começou a atirar contra membros reunidos em adoração, matando 4 cristãos e ferindo vários outros, enquanto a capela queimava por inteiro.
Três eventos em menos de um dia. E, no entanto, o que se seguiu não foi solidariedade, nem compaixão. Foram ataques de “cristãos” de outras denominações — inclusive pastores — inundando as redes com insultos:
“Vocês são demônios.”
“Vocês pertencem a um culto.”
“Vocês não são cristãos.”
Tudo isso, ironicamente, em nome de Cristo.
O exato oposto de Cristo
Se existe algo que o evangelho de Jesus Cristo deixa claro, é que ódio e julgamento não são frutos do discipulado.
Cristo resumiu toda a lei em dois mandamentos:
Mateus 22:36–40
“Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
João 13:34–35
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.”
Mateus 7:16
“Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”
O discípulo verdadeiro se conhece pelos frutos de amor — não pelo rótulo.
Fundamentos bíblicos da Igreja de Jesus Cristo
1. O Pai, o Filho e o Espírito Santo — três seres distintos
Mateus 3:16–17
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele; e eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”
Atos 7:55–56
“Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.”
João 17:1–5
“Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.”
A Bíblia mostra claramente três pessoas distintas.
2. Batismo por imersão
João 3:23
“Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas; e para lá concorria o povo e era batizado.”
Romanos 6:4
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.”
Atos 8:38–39
“Então, mandou parar o carro; ambos desceram à água, tanto Filipe como o eunuco, e este batizou. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.”
O batismo bíblico é realizado por imersão total.
3. Dom do Espírito Santo pela imposição de mãos
Atos 8:17
“Então, lhes impuseram as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.”
Atos 19:6
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.”
2 Timóteo 1:6
“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.”
O Espírito Santo era dado por imposição de mãos.
4. Profetas e apóstolos
Efésios 2:19–20
“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular.”
Efésios 4:11–14
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.”
Amós 3:7
“Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.”
Cristo estabeleceu Sua Igreja com profetas e apóstolos.
5. Autoridade do sacerdócio
Hebreus 5:4
“Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão.”
Lucas 9:1–2
“Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para efetuarem curas. Também os enviou a pregar o reino de Deus e a curar os enfermos.”
João 15:16
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”
A autoridade vem de chamado divino.
6. Revelação contínua
Tiago 1:5
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.”
João 16:13
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”
Atos 10:9–16
(descrição da visão de Pedro: lençol descendo do céu com animais, voz do Senhor dizendo que não chamasse impuro o que Deus purificou)
Deus continua revelando Sua vontade aos Seus servos.
7. Uma só fé, um só rebanho
Efésios 4:5
“Há somente um Senhor, uma fé, um batismo;”
1 Coríntios 1:10
“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.”
João 10:16
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.”
8. Templos e ordenanças sagradas
Batismo pelos Mortos:
Malaquias 3:1
“Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo da aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos.”
A profecia é clara: o Senhor virá ao Seu templo. Isso mostra que templos não são invenções modernas, mas parte do plano divino desde o princípio. O templo é o lugar de preparação e de encontro com Cristo.
Aqui Paulo está defendendo a doutrina da ressurreição contra alguns cristãos de Corinto que estavam negando que os mortos pudessem ressuscitar. Para mostrar a incoerência deles, Paulo cita uma prática já conhecida entre os primeiros cristãos: o batismo em favor dos mortos.Ele basicamente diz: “Se vocês não acreditam na ressurreição, por que continuam praticando batismo em favor dos mortos?”
Contexto:
Corinto era uma cidade grega, cheia de seitas e filosofias que desprezavam a ideia da ressurreição literal do corpo.
A prática de batizar-se por procuração já era conhecida entre os primeiros santos, e Paulo usa esse fato como argumento histórico e teológico: só faz sentido batizar pelos mortos se há ressurreição real.
Templo de Salomão:Embora Paulo não descreva o local, sabemos que os templos sempre foram lugares de ordenanças sagradas — do Tabernáculo no deserto ao Templo de Salomão em Jerusalém. Ali eram feitas purificações, sacrifícios e rituais de expiação. Assim como esses apontavam para Cristo, o batismo pelos mortos também aponta para a expiação e ressurreição Dele, permitindo que todos tenham acesso ao evangelho, mesmo aqueles que morreram sem conhecê-lo.
Por que praticamos hoje?
Na Igreja de Jesus Cristo, entendemos esse versículo como testemunho claro de que os primeiros cristãos realizavam essa ordenança. Assim como Paulo ensinou, continuamos o mesmo padrão — mas agora com templos restaurados, onde realizamos batismos vicários em favor de nossos antepassados.
Resumindo: Paulo não inventa a prática — ele pressupõe que a audiência já a conhece. Ele não a critica, nem a chama de heresia. Pelo contrário: ele usa como evidência da ressurreição real. Isso confirma que o batismo pelos mortos é bíblico, cristão e parte do plano de salvação.
Casamento e Selamento no Templo:
1 Coríntios 3:16–17
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.”
Paulo amplia a doutrina: além dos edifícios santos, nossos corpos também são templos. Assim como um templo físico é consagrado, também nossa vida deve ser guardada em santidade, pois Deus habita em nós. O templo físico e o templo espiritual caminham juntos no discipulado.
Mateus 19:5–6
“E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.”
Jesus não fala apenas de contrato humano, mas do que Deus une. Se Ele une, é eterno.
Mateus 16:19
“Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.”
Aqui estão as chaves de selamento — a base do casamento eterno, quando realizado por autoridade divina.
Conclusão: testem por si mesmos
Apesar do ódio e da intolerância, há tanto bem na Igreja de Jesus Cristo: serviço, fé em Cristo, templos que apontam para Ele, e profetas que testificam Dele hoje.
E neste fim de semana temos a Conferência Geral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
O convite é simples: se você realmente busca a verdade e deseja viver uma vida cristã autêntica, assista. Ouça. E decida por si mesmo.
2 Néfi 25:2 - “E nós falamos de Cristo, regozijamo-nos em Cristo, pregamos Cristo, profetizamos de Cristo, e escrevemos segundo nossas profecias, para que nossos filhos saibam a que fonte poderão recorrer para a remissão de seus pecados.”


Comments