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O Governo de Jesus Cristo e os governos da terra

Writer: C. A. AyresC. A. Ayres

Updated: Mar 26, 2019



Estamos sempre ouvindo que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é neutra em relação à política e, em nenhum momento, nossos locais de adoração e aprendizado podem ser usados como palanque político, seja lá qual for o partido.

A Igreja emitiu um comunicado em 16 de junho de 2011 lembrando os membros sobre a posição oficial da Igreja sobre a neutralidade política. Isso aplica-se a todas as Autoridades Gerais, Líderes Gerais das organizações auxiliares, presidentes de missão e presidentes de templo. Embora a visão não se aplique aos funcionários da Igreja em tempo integral ou aos membros, seria de bom grado aprendermos a ver os problemas da política em nossas cidades e países como as autoridades que vivem a lei da consagração o veem. O comunicado diz:

“A missão da Igreja é pregar o evangelho de Jesus Cristo, não é eleger políticos. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias mantém-se neutra com relação a partidos políticos. Isso se aplica a todas as muitas nações nas quais está estabelecida.

A Igreja NÃO:

  • - Endossa, promove ou se opõe a partidos políticos, candidatos ou plataformas.

  • - Permite que seus edifícios, listas de membros ou outros recursos sejam utilizados para propósitos de partidos políticos.

  • - Tenta influenciar seus membros em relação a qual candidato ou partido devem dar seu voto. Essa norma se aplica se o candidato ao cargo político é membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou não.

  • - Tenta dirigir nem dar ordens a líderes governamentais.

A Igreja:

  • - Incentiva seus membros a ser cidadãos responsáveis na comunidade, inclusive mantendo-se informados sobre os assuntos relativos a ela, e a votar nas eleições.

  • - Espera que seus membros se envolvam no processo político de forma ordeira e clara, respeitando o fato de que membros da Igreja têm origens e experiências diferentes e podem ter opiniões diversas em relação a partidos políticos.

  • - Solicita que os candidatos não sugiram que sua candidatura ou plataforma seja endossada pela Igreja.

  • - Reserva-se o direito de, como instituição, pronunciar-se de maneira apartidária, sobre questões que acredita terem consequências significativas em âmbito comunitário, moral ou que afetem diretamente os interesses da Igreja."

Nos Estados Unidos, onde quase metade dos santos dos últimos dias do mundo vivem, é costume da Igreja, a cada eleição nacional, emitir uma carta a ser lida em todas as congregações incentivando seus membros a votar, mas salientando a neutralidade da Igreja com relação a partidos políticos.

Relacionamento com o Governo

Candidatos eleitos que são santos dos últimos dias tomam suas próprias decisões, que podem não necessariamente estar de acordo com a posição publicamente declarada da Igreja. A Igreja pode comunicar a eles seu ponto de vista como faria com qualquer outro candidato eleito, mas reconhece que esses homens e mulheres precisam fazer suas próprias escolhas com base em seu próprio julgamento, levando em consideração o círculo eleitoral que representam.

As escrituras modernas fazem referências ao papel do governo: Doutrina e Convênios, Seção 134

A Participação em Partidos Políticos dos Líderes Presidentes da Igreja

Além disso, a carta da Primeira Presidência emitida em 16 de junho 2011 reafirma e esclarece de forma mais ampla a posição de neutralidade política da Igreja neste início de outra temporada de eleições. Ela se aplica a todos a seguir: Autoridades Gerais, líderes das auxiliares gerais, presidentes de missão e de templos que se dedicam em tempo integral ao trabalho da Igreja. A norma não é direcionada aos empregados em tempo integral da Igreja.

“As Autoridades Gerais e líderes gerais da Igreja e seu respectivo cônjuge e outros líderes eclesiásticos que servem em tempo integral não devem participar de campanhas políticas, inclusive promovendo candidatos, angariando fundos, discursando em benefício de candidatos ou endossando-os, e fazendo contribuições financeiras.

Já que não trabalham em tempo integral para a Igreja, os Setentas de Área, presidentes de estaca e bispos estão livres para contribuir ou servir em comitês de campanhas e de outra forma apoiar os candidatos de sua escolha cientes de que:

  • - Agem somente como cidadãos num processo democrático e que não insinuam ou permitem que outros suponham que suas ações ou apoio representam a Igreja de alguma maneira.

  • - Não usarão papel timbrado da Igreja, listas de endereços ou e-mails gerados pelos sistemas da Igreja ou usar os prédios da Igreja para promover políticos.

  • - Não se envolverão em arrecadação de fundos ou outros tipos de campanhas dirigidas aos membros da Igreja sob sua supervisão eclesiástica”.”

Alguns membros então, descontentes com a imparcialidade, interpretam-na a seu modo, entram na guerra virtual ou mesmo real para defender seus candidatos de escolha e condenar outros, e acabam usando declarações de líderes e profetas diversos retiradas de contextos totalmente diferentes para apoiar seu partido de escolha, e esquecem-se de aplicar os ensinamentos de Cristo em suas vidas, principalmente quando o assunto é política.

É comum buscar orientação “oficial” para sabermos que estamos em sintonia com o que aprendemos na Igreja na hora de escolher nossos candidatos políticos, mas é bom lembrar que o governo de Jesus Cristo não será nada parecido com o que temos hoje como esquerda, direita e variantes. As escrituras nos ensinam que quando Jesus Cristo voltar, Ele estabelecerá um governo de retidão, justiça e misericórdia.

  • - E o principado está sobre os seus ombros, Isa. 9:6 (2 Né. 19:6).

  • - Dai, pois, a César o que é de César, Mt. 22:21 (D&C 63:26).

  • - Que toda pessoa esteja sujeita às potestades, Rom. 13:1.

  • - Orar pelos reis e por todos os que estão em eminência, 1 Tim. 2:1–2.

  • - Que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, Tit. 3:1.

  • - Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor, 1 Ped. 2:13–14.

  • - Jesus Cristo será o governante final da Terra, Apoc. 11:15.

  • - Ter homens justos por reis, Mos. 23:8.

  • - Resolvei vossos negócios de acordo com a voz do povo, Mos. 29:26.

  • - Cristo será nosso governante quando vier, D&C 41:4.

  • - O que guarda as leis de Deus não tem necessidade de quebrar as leis do país, D&C 58:21.

  • - Quando os iníquos governam, o povo pranteia, D&C 98:9–10.

  • - Os governos foram instituídos por Deus em benefício da humanidade, D&C 134:1–5.

  • - Os homens têm a responsabilidade de apoiar os governos, D&C 134:5.

  • - Cremos na submissão a reis, presidentes, governantes e magistrados, RF 1:12.

Quando os santos se viram entre duas escolhas no Grande Conselho, pode ser que o um terço dos espíritos que “votaram”em e decidiram seguir Lúcifer, o fizeram porque ele se parecia ótimo, amigo, inteligente, energético e popular, afinal, ele era o segundo filho de Deus! Mas, Seu Pai conhecia seu coração e suas intenções. Sabemos que Lúcifer se rebelou contra o plano do Pai Celestial e queria toda a glória para si. O maior presente de Deus aos Seus filhos é o arbítrio, e Satanás nos forçaria a todos a voltarmos para o céu, e assim não haveria crescimento, nem testemunho, nem a oportunidade de termos vida eterna com Deus, mas com ele. Ele queria tirar o nosso melhor presente, o direito de escolher por nós mesmos. Lucifer não teria permitido que qualquer pessoa tomasse uma decisão errada ou aprendesse com experiências. Todos nós teríamos sido como fantoches com Lúcifer nos controlando numa grande matrix. Nunca teríamos aprendido a ser as melhores pessoas que poderíamos ser, e não teríamos sido capazes de nos tornar como Pai Celestial, e experenciar felicidade, amor e conhecimento.

Presidente Dallin H. Oaks disse: “Cremos na verdade absoluta, inclusive na existência de Deus e no certo e no errado estabelecidos por Seus mandamentos. Sabemos que a existência de Deus e a existência da verdade absoluta são fundamentais para a vida nesta Terra, quer as pessoas acreditem nisso ou não. Também sabemos que o mal existe, e que algumas coisas são simples, graves e eternamente erradas.

Os relatos chocantes de roubos e mentiras em grande escala nas sociedades civilizadas divulgados nos últimos dois meses sugerem um vácuo moral em que muitos perderam o senso do certo e do errado. Arruaças, pilhagens e corrupção generalizadas têm levado muitos a se perguntar se estamos perdendo o alicerce moral que os países ocidentais receberam de seu legado judaico-cristão.”

Frente à frente com corrupção desenfreada em nossa sociedade, associamos esse conhecimento de não lutarmos para manter nossa liberdade e arbítrio a conhecidos modos de governo dos homens que tiram as liberdades que adquirimos, e o fazemos corretamente, embora nenhum partido político existente na terra abrace nenhum ou todos os pontos positivos que precisamos, alguns menos que outros, como o comunismo, socialismo, anarquismo, e mesmo o capitalismo e outros. Daí então o lembrete principal: Esquecemos que Satanás prometeu misturar escrituras e verdades com as filosofias dos homens.

A história de Corior registrada no Livro de Mórmon em Alma traz o entendimento exato sobre como Satanás trabalha para confundir os homens e mulheres. Leia o artigo As mentiras de Satanás e seus anticristos.

Votar nas eleições governamentais e desempenhar outros deveres cívicos quando tivermos a oportunidade é uma responsabilidade sagrada, uma bênção dada por Deus e um dever a ser levado a cabo com honra e confiança.

Sabemos também que devemos ter um testemunho da importância de "estar sujeito a reis, presidentes, governantes e magistrados, em obedecer, honrar e sustentar a lei" (Artigos de Fé 1:12). Porque estamos sujeitos a governantes, devemos fazer tudo o que pudermos nas formas diplomáticas, legais e favoráveis ​​para selecionar e ajudar a eleger funcionários honestos, sábios e bons, conforme aprendemos em D&C 98:10. Nós também devemos considerar concorrer a cargos públicos e apoiar as leis que observam o "princípio da liberdade na manutenção de direitos e privilégios [que pertencem] a toda a humanidade e [são] justificáveis ​​antes de mim" (D&C 98:5).

Geralmente, uma carta da Primeira Presidência é lida na reunião sacramental, antes de cada eleição, encorajando os Santos dos Últimos Dias a se envolverem no processo eleitoral e a escolher líderes políticos e governamentais capazes e honestos. A Primeira Presidência lembra-nos que "como cidadãos, temos o privilégio e o dever de eleger os titulares de cargos e influenciar as políticas públicas. ... Exortamos você a se inscrever para votar, a estudar as questões e os candidatos com cuidado e em oração, e depois a votar".

O Livro de Mórmon ensina:

"Ora, não é comum a voz do povo desejar algo contrário ao que é direito; mas é comum a minoria do povo desejar o que não é direito; portanto, observareis e tereis isto por lei — resolver vossos negócios de acordo com a voz do povo.

E se chegar o tempo em que a voz do povo escolher iniquidade, então os julgamentos de Deus recairão sobre vós; sim, então será o tempo em que ele vos visitará com grande destruição, assim como tem, até aqui, visitado esta terra." (Mosias 29: 26-27).

Como nos tempos dos juízes do Livro de Mórmon, hoje muitas pessoas têm a liberdade de expressar sua voz por suas ações e votos. Mas se as pessoas da nossa época escolhem a iniqüidade, também podemos esperar que "os julgamentos de Deus" venham sobre nós e, se escolhermos governos de homens que restritem o acesso à verdade e transparência de ações, isso tudo pode resultar em uma redução de nossa liberdade e segurança, exatamente como Lucifer queria.

Orando pelo Governo de Cristo na Terra

Aprendemos que quando Jesus Cristo voltar, ele limpará a terra (D&C 101:24-25), julgará Seu povo (Mateus 25:31-46, Apocalipse 20:4-5, e D&C 88:95-98), iniciará o Milênio (D&C 88:96), completará a Primeira Ressurreição (D&C 88:97-98), e tomará Seu lugar de direito como Rei da terra e dos céus.

O presidente Brigham Young disse: "No Milênio, quando o Reino de Deus estiver estabelecido na terra, todo poder, glória e perfeição, e o reinado da maldade que tanto prevaleceu será subjugado, os santos de Deus terão o privilégio de construir seus templos e de entrar neles, tornando-se, por assim dizer, pilares nos templos de Deus [ver Apocalipse 3:12], e eles oficiarão por seus mortos. Então veremos nossos amigos surgirem, e talvez alguns que conhecemos aqui. ... E teremos revelações para conhecer nossos antepassados claros e conectar-nos ao Pai Adão e a Mãe Eva, e entraremos nos templos de Deus e oficiaremos por eles. Então [os filhos] serão selados aos [pais] até que a corrente seja perfeita até Adão, de modo que haverá uma conexão perfeita ao Sacerdócio de Adão para a cena do final dos tempos." (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young [1997], 333-34).

Jesus Cristo estabelecerá Seu governo na terra. A Igreja se tornará parte desse reino. Ele governará todas as pessoas da terra em paz por 1.000 anos.

A Igreja na ajuda à preparação para o grande Dia de sua Segunda Vinda

A última declaração da Primeira Presidência em relação aos filhos de imigrantes ilegais que vieram para os Estados Unidos enquanto pequenos acompanhando e sofrendo as consequências das decisões de seus pais, mostrou exatamente como esse governo divino de justiça, mas também amor e defesa dos Seus filhos, são parte do governo de Jesus Cristo. O comunicado diz em partes:

“Acreditamos que nossa primeira prioridade é amar e cuidar uns dos outros como Jesus Cristo ensinou.” - Independente de raça, cor, credo ou qualquer outra característica infividual, um exemplo de como obedecemos os dois primeiros e grandes mandamentos.

“Cada nação deve determinar e administrar suas políticas relacionadas à imigração. A Igreja não defende nenhuma solução legislativa ou executiva específica. Nossa esperança é que, em qualquer solução que seja, haja provisões para fortalecer famílias e mantê-las unidas”

Isso demonstra a obediência da lei, mas também amor e preocupação em manter famílias juntas.

“Também reconhecemos que todas as nações têm o direito de aplicar suas leis e garantir suas fronteiras e que todas as pessoas sujeitas às leis de uma nação são responsáveis ​​por seus atos em relação a elas.” - Conforme aprendemos em nossas regras de fé, obediência às leis e respeito a pessoas que pensem diferentes de nós.

“Congratulamo-nos com os esforços sinceros dos legisladores e líderes para procurar soluções que respeitem esses princípios e ampliem a compaixão para aqueles que procuram uma vida melhor.” - Reconhecer os esforços, aplicar a lei, demonstrar compaixão e estar aberto a oportunidades para os que vivem corretamente.

“Especificamente, pedimos aos nossos líderes nacionais que criem políticas que proporcionem esperança e oportunidades para aqueles, às vezes chamados de "Sonhadores", que cresceram aqui desde uma idade jovem e para quem este país é seu lar. Eles construíram vidas, buscaram oportunidades educacionais e foram empregados há anos com base nas políticas que estavam em vigor. Esses indivíduos demonstraram uma capacidade para servir e contribuir positivamente em nossa sociedade e acreditamos que deveriam ter a oportunidade de continuar a fazê-lo.” – Um apelo para que chances possam ser dadas aqueles que não tiveram escolha. Como Cristo defenderá os Seus, humilhados em seus próprios países e enganados sem malícia. Afinal, será que haverá fronteiras quando Jesus Cristo reinar nesta terra?

Esse é o nosso papel aqui nesta esfera mortal. Ajudar a preparar o Reino de Jesus Cristo que será estabelecido após a Sua Segunda Vinda.

Sabemos que não teremos isso antes que Ele retorne, mas podemos fazer a nossa parte e exercitar nosso poder de revelação para reconhecer, participar e votar conscientemente em homens que trabalharão o mais perto possível do que desejamos.

É claro que devemos atentar para o excesso de tolerância que pode levar à anarquia. Presidente Dallin H. Oaks completou: “Nas escolas, faculdades e universidades, muitos professores estão ensinando e praticando a moralidade relativa. Isso está moldando a atitude de muitos jovens que estão assumindo seu papel de professores de nossos filhos e de formadores da opinião pública por meio da mídia e dos entretenimentos populares. Essa filosofia do relativismo moral nega o que milhões de cristãos, judeus e muçulmanos fervorosos consideram fundamental, e essa negação cria sérios problemas para todos nós. O que nós, crentes, devemos fazer a esse respeito constitui o início do segundo de meus temas gêmeos: a tolerância.

A tolerância é definida como uma atitude cordial e justa para com as opiniões e práticas alheias ou para com as pessoas que as adotam ou praticam. Como os meios de transporte e comunicação modernos nos aproximaram bastante de diversos povos e ideias, temos maior necessidade de tolerância.”

Aos escolhermos governantes nesta terra até que Cristo retorne e governe com real justiça, Presidente Oaks diz:

Primeiro, os crentes podem e devem buscar leis que vão preservar a liberdade religiosa. Essa é uma questão vital na qual nós, que acreditamos em um Ser Supremo que estabeleceu o certo e o errado absolutos no comportamento humano, precisamos nos unir para reivindicar nossos direitos consagrados pelo tempo de exercer nossa religião, de seguir nossa consciência em questões públicas e de participar de eleições e debates públicos e em tribunais de justiça. Precisamos também trabalhar lado a lado com outros crentes para preservar e fortalecer a liberdade de defender e praticar nossas crenças religiosas, sejam elas quais forem. Para esse propósito, precisamos trilhar juntos o mesmo caminho para assegurar nossa liberdade de seguir rumos diferentes, quando for necessário, segundo nossas diferentes crenças.

Segundo, quando os crentes buscam promover publicamente seu ponto de vista, devem ser sempre tolerantes em relação à opinião e postura daqueles que não compartilham de suas crenças. Como crentes, devemos sempre falar com amor e demonstrar paciência, compreensão e compaixão para com nossos adversários. Os crentes cristãos receberam o mandamento de amar o próximo (ver Lucas 10:27) e de perdoar (ver Mateus 18:21–35). Devem também lembrar do ensinamento do Salvador de “[bendizer] os que [nos] maldizem, [fazer] bem aos que [nos] odeiam, e [orar] pelos que [nos] maltratam e [nos] perseguem” (Mateus 5:44).

Terceiro, os crentes não devem se deixar deter pela conhecida acusação de que estão tentando legislar a moralidade. Muitas áreas da lei se baseiam na moralidade judaico-cristã e tem sido assim há séculos. A civilização ocidental se baseia na moralidade e não pode existir sem ela. Como John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos, declarou: “Nossa constituição foi feita somente para um povo moral e religioso. Ela é totalmente inadequada para o governo de qualquer outro”.

Quarto, os crentes não devem se omitir na busca de leis que mantenham as condições ou normas públicas que os auxiliem na prática das exigências de sua fé, quando essas condições ou normas também forem favoráveis para a saúde pública, segurança ou moralidade. Por exemplo: mesmo que crenças religiosas sejam o fundamento de muitas leis criminais e de algumas leis que regem questões familiares, essas leis têm um longo histórico de adequação nas sociedades democráticas. Mas nos lugares em que os crentes são a maioria, eles devem sempre estar atentos aos pontos de vista da minoria.

Por fim, o espírito de nosso equilíbrio da verdade e da tolerância transparece nestas palavras do Presidente Gordon B. Hinckley: “Estendamos a mão para as pessoas de nossa comunidade que não são de nossa religião. Sejamos bons vizinhos, bondosos, generosos e benevolentes. Participemos de boas causas comunitárias. Pode haver situações nas quais graves questões morais estão envolvidas e em que não poderemos ceder em questões de princípio. Mas, nesses casos, podemos educadamente discordar, sem sermos desagradáveis. Podemos reconhecer a sinceridade daqueles cuja postura não podemos aceitar. Podemos falar de princípios, em vez de personalidades”.”

Tudo isso deve ser incluído em nossas interações online ou com qualquer outra pessoa de qualquer outra forma. Todos nós devemos nos edificar e fortalecer com esse exemplo de tolerância e verdade: bondade na comunicação, mas firmeza na verdade. Podemos também aplicar essas verdades em como tratamos as pessoas, e atentar mais para o espírito da lei que à letra da lei. E o que queremos é a mais alta lei, conforme ensinada pelo Salvador no Sermão da Montanha. (Mateus 5, 3 Nefi 12)

Quando o Salvador ressuscitado visitou algumas de suas "outras ovelhas" no continente americano, ele discutiu estes e outros tópicos - assim como ele havia feito durante seu ministério mortal no Oriente Médio a partir dos Dez Mandamentos e a lei de Moisés, que ele havia dado aos israelitas espiritualmente imaturos no Sinai há mais de um milênio. Ele ensinou como lidar com contenção, raiva, adultério, divórcio e luxúria. Reagindo a ofensas. Lidar com inimigos. Estes são problemas familiares e contemporâneos. Eles também eram problemas com os quais os antigos tinham que lidar.

"Concilia-te depressa com o teu adversário" (Mateus 5: 25-26; 3 Ne 12: 25-26)

Muitas vezes, esta frase é interpretada como significando que devemos concordar com adversários para evitar disputa, ações judiciais ou perseguições. Certamente, devemos ser pacificadores - "fáceis de conviver" (Tiago 3:17) e cooperar com todas as pessoas de boa vontade. Mas certamente não devemos comprometer a verdade e o propósito justo para alcançar a convivência pacífica com os nossos semelhantes. Nem significa que permitimos que Satanás, o adversário final, abuse de nós. Seus propósitos são claros: para nos capturar (o idioma em 3 Nefi 12:25 é "prender-te") e nos torna tão miseráveis ​​como ele é. (Ver 2 Nefi 2:27.) Devemos "conciliar" (no sentido usual da palavra) com este adversário rapidamente? Não seríamos capturados em seu alcance se o fizéssemos?

Dois significados de conciliar são "chegar a uma compreensão, especialmente na resolução de uma disputa", e "resolver uma coisa em que se relacionam vários interesses". O que precisamos entender ou resolver nesta instância é exatamente o que nosso relacionamento com o adversário será. Quanto mais depressa decidimos, menos chances ele terá de nos "prender" com suas artimanhas.

Sabendo que tornar-se perfeito através de Cristo é eventualmente possível e que o Salvador está "pronto para nos defender" é um pensamento reconfortante, se respondermos ao convite do Salvador para viver a lei superior, conforme a admoestação do rei Benjamim:

“E vede que todas estas coisas sejam feitas com sabedoria e ordem; porque não se exige que o homem corra mais rapidamente do que suas forças o permitam. E, novamente, é necessário que ele seja diligente, para que assim possa ganhar o galardão; portanto, todas as coisas devem ser feitas em ordem.” (Mosias 4:27)


O Governo de Jesus Cristo

As escrituras nos ajudam e conhecer como o governo mundial será quando Jesus Cristo estiver reinando como rei maior do que todos os governantes humanos. "O rei daqueles que governam como reis e Senhor daqueles que governam como senhores" (1 Timóteo 6:15). Ele tem o poder de fazer muito mais do que qualquer governante humano, mesmo o melhor entre eles.

Após a ressurreição, Jesus Cristo subiu aos céus (Atos 2:33), e lá o Reino de Deus está estabelecido, como a Bíblia o chama de "Reino celestial" (2 Timóteo 4:18). Embora o Reino de Deus esteja nos céus, ele governará sobre a terra (Apocalipse 11:15); sabemos ainda que, durante o Milênio, Jesus “reinará pessoalmente na Terra” (Regras de Fé 1:10).. As pessoas ainda terão o livre-arbítrio e por algum tempo muitos continuarão a acreditar em suas falsas religiões e ideias. No final, todos confessarão que Jesus Cristo é o Salvador. Joseph Smith explicou que Jesus reinará sobre os santos e descerá para instruir-nos (ver Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 269).

Cristo é um ser ressurreto e nunca morrerá, "o único que tem a imortalidade, que habita em luz inacessível" (1 Timóteo 6:16). Isso significa que todo o bem que Jesus faz vai durar. E ele fará coisas excelentes e boas. "E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. E o seu deleite será no temor do Senhor; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos, mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, porém ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. Porque a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins. E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi” (Isaías 11: 2-4).

As palavras de Isaías nos mostram um rei justo e compassivo.

Pelas escrituras também sabemos que Jesus não governará sozinho. Ele terá co-governantes. O apóstolo Paulo disse a Timóteo, "Se perseverarmos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará" (2 Timóteo 2:12). Sim, Paulo, Timóteo e outros servos fiéis que foram escolhidos por Deus governarão juntamente com Jesus no Reino celestial como os profetas de todos os tempos e também os da última dispensação.

Durante o Milênio, Satanás será aprisionado. Isso significa que ele não terá poder para tentar aqueles que estiverem vivendo nessa época (ver D&C 101:28). Os “filhos crescerão sem pecado para a salvação” (D&C 45:58). “E por causa da retidão [do] povo [do Senhor], Satanás não tem poder; portanto não pode ser solto pelo espaço de muitos anos; pois não tem poder sobre o coração do povo, porque vivem em retidão e o Santo de Israel reina” (1 Néfi 22:26). Sem Satanás, as pessoas não serão influenciadas por seus dardos de fúria, e poderão mostrar a si mesmos sem desculpas, e suas escolhas definirão a quem escolheram servir. Em D&C 101:22–31, aprenderemos que no milênio, cessará a inimizade; não haverá morte; Satanás não terá poder para tentar as pessoas.

Durante o Milênio e sob o governo de Jesus Cristo, também não haverá guerra. As pessoas viverão juntas em paz e harmonia. As coisas que eram usadas para a guerra passarão a ser usadas com propósito úteis. “Converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear” (Isaías 2:4; ver também Isaías 11:6–7; D&C 101:26).

O Presidente John Taylor ensinou: “O Senhor será o rei de toda a Terra e toda a humanidade, que estará literalmente sob a Sua soberania, e todas as nações debaixo dos céus terão de reconhecer a Sua autoridade e curvar-se ao Seu cetro. Quem O servir em retidão comunicar-se-á com Deus e Jesus; anjos lhe ministrarão e conhecerão o passado, o presente e o futuro. As outras pessoas, que não obedecerem plenamente a Sua lei, nem se instruírem plenamente em Seus convênios, terão, contudo, de submeter-se plenamente ao Seu governo. Pois Deus reinará na Terra e fará com que se cumpram as Suas leis e que as nações do mundo Lhe obedeçam de acordo com o que Lhe é de direito” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: John Taylor, 2001, p. 225).

No final dos mil anos, Satanás será libertado por um curto período. Algumas pessoas se afastarão do Pai Celestial. Satanás reunirá seus exércitos; e Miguel (Adão), as hostes celestiais. Nessa grande batalha, Satanás e seus seguidores serão expulsos para sempre. A Terra será transformada em um reino celestial (ver D&C 29:22–29; 88:17–20, 110–115).

É este governo que devemos nos preocupar e trabalhar para obtermos. Vivendo em retidão, buscando conhecimento sobre como Jesus Cristo e o Pai Celestial gostariam que fôssemos em nossas comunidades e países.

Se nos distraímos com as brigas metafísicas e focarmos somente nas diferenças, nas brigas de egos, no julgamento daqueles que achamos injustos e corruptos, perdemos tempo ao deixar de verificar se algum candidato defende os valores e principios que aprendemos com o Evangelho - e isso totalmente independe de partido, escondendo-nos atrás de uma máscara virtual, perderemos o foco de vivermos o melhor que pudermos, de ensinarmos e criarmos oportunidades de exemplos para nossa família e nossos filhos do que a vida eterna realmente é.

Que possamos nos preparar a cada dia para recebermos nosso Rei eterno, nosso Salvador e Redentor Jesus Cristo, vivendo Sua Lei, tratando os outros com justiça, mas lembrando-nos de Seu amor, serviço e compaixão.

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